• Jornadas internacionais contra a pena de morte

    No dia em que se aplica pela milésima vez, a pena de morte, no mundo, Cabo Verde associa a sua voz a mais de 300 cidades e pede também para abolir essa pena. Afinal, ninguém pode decidir matar

     

    Jornadas internacionais contra a pena de morte

     

    Não à pena de morte

     

    Celebra-se esta quarta-feira, 30, as jornadas internacionais contra a pena de morte, este ano sob o lema “cidades pela vida, cidades contra a pena de morte”: promovido pela comunidade de Santo Egídio, este acontecimento é também realizado, no nosso país, por iniciativa do Núcleo local da Comunidade de Santo Egídio: as actividades realizam-se por volta das <time w:st="on" hour="18">18 horas,</time> no largo Diogo Gomes, no Plateau.

    A realização deste evento, explicou Bernardino Gonçalves, mentor do projecto

    em Cabo Verde</personname>, é precisamente solidarizar-se com todos quantos lutam pela abolição da pena de morte, no mundo, e alertar as pessoas para a necessidade de dizer não à pena de morte, mas sim à vida, esta dádiva de Deus, valor intangível e santo.

    É a segunda vez que estas jornadas são realizadas no nosso país. Este ano, ganha uma maior dimensão, uma vez que algumas instituições ligadas às questões dos direitos humanos associam-se às actividades.

    Cabo Verde é um país pequeno, mas pode exercer influência nesta questão. Neste sentido vai se recolher assinaturas dos presentes, assinaturas que serão enviadas à casa mãe, em Itália, que, depois vai encarregar-se de as fazer chegar aos países e Estados onde, ainda hoje, se aplica a pena de morte. Nesta corrente, a comunidade local quer trazer à memória quantos já foram executados, como Dominique Green, executado em Dezembro de 2004: Hoje, deverá ser aplicada a milésima execução da história da pena de morte, e será no Estado de Virgínia, nos EUA. Nos primeiros dias de Dezembro, sem data confirmada, será executada Stanley William, candidato ao prémio Nobel da Paz, e no próximo dia 7, no Texas, será executado o afro-americano Tony Ford.

     “A justiça do homem é parcial”, referiu-se Bernardino, numa clara alusão à pena de morte e afirma mesmo que esta pena é extrema, e provoca uma dor psicológica, quer à vítima, quer aos familiares. É precisamente esta dor “inquantificável” que a comunidade local de Santo Egídio quer ajudar a minimizar. É uma corrente pela vida, a partir da Praia, em prol da abolição da pena de morte, no mundo.

    No mundo inteiro, já foram recolhidos cerca de cinco milhões e meio de assinaturas, em prol da abolição da pena de morte.

    Hoje, e mais do que nunca, é preciso unir-se contra a pena de morte, por isso mesmo, a Comunidade de Santo Egídio faz um veemente apelo à união nesta, quarta-feira.

     

    Um movimento laico

     

    Fundada em Roma, por volta de 1968, pelo jovem Andrea Riccardi, a Comunidade de Santo Egídio é um movimento público de laicos da Igreja, integrado por cerca de 50 mil membros que se empenham na evangelização, em mais de sete dezenas de países, em todos os continentes e foi reconhecida logo após o Concilio do Vaticano II.

    A oração, a comunicação do Evangelho, a solidariedade para com os pobres, o ecumenismo e o diálogo são pontes fortes desta comunidade que confia a sua protecção a Santo Egídio. O promotor desta iniciativa começou, inicialmente, por reunir um grupo de colegas do liceu, para, juntos, meditarem o Evangelho. Mas a acção não ficou apenas na oração e meditação. O grupo começou a percorrer os arredores de Roma, visitando bairros de latas, manifestando seu apoio a crianças e adolescentes. Hoje, em todas as suas comunidades, a acção social é uma forte realidade.


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