• Governo e Presidência da República roubam iniciativa da Câmara Municipal de S. Nicolau, e Pedro Pires concede passaporte nacional ao padre Mauro

    Governo e Pedro Pires ignoram e discriminam Poder Local

     

    A Comissão Concelhia do Movimento para a Democracia,

    em S. Nicolau</personname> posicionou-se contra aquilo que considera ser falta de respeito pelo poder autárquico legitimamente instituído pelo povo, nas autárquicas de 2004, por parte do Governo e da Presidência da República. Desta forma, diz uma nota chegada à nossa Redacção, põe-se em causa “o são relacionamento institucional prescrito na Constituição”, para além de afirmar que atitudes do tipo “envergonham a Nação e desacreditam o País”

    É que segundo a Comissão Concelhia do MpD/S. Nicolau, em Junho último, a então Câmara Municipal de S. Nicolau, numa missiva “devidamente justificada” propôs ao Governo que fosse concedido ao Padre Mauro um passaporte nacional “em sinal de reconhecimento da nação” pelo seu trabalho em prol de Cabo Verde, particularmente das ilhas do Fogo, Brava, Santo Antão e S. Nicolau. No nosso país desde <metricconverter w:st="on" productid="1949, a">1949, a</metricconverter> Câmara de S. Nicolau entende que era chegada a hora de agradecer ao padre Mauro pelo seu trabalho com “desvelo” por estas ilhas.     

    Segundo a nota, em Outubro último, na sequência do silêncio do Governo, o presidente do município da Ribeira Brava, na sua então deslocação à Praia, reuniu-se com o ministro da Administração Interna, com quem abordou, de entre outros, a questão do agraciamento do Padre Mauro Cismondi, tendo recebido garantias que a questão estava sendo estudada.

    Entretanto, o município não foi informado da decisão do Governo e oficialmente não soube da homenagem ao sacerdote italiano, que, apesar dos seus 87 anos continua a trabalhar abnegadamente pelo povo de S. Nicolau.

    Descontente, o MpD/S. Nicolau faz saber que “o senhor Pedro Pires vem a São Nicolau, diz ele a convite da Comissão Instaladora do Município do Tarrafal e, segundo noticiou a Comunicação Social, ele vai condecorar, naquela Vila, os padres Mauro e Gesualdo Fiorini e entregar-lhes um passaporte nacional”. O que aquela Comissão Concelhia não compreende é o facto deste pormenor não constar da nota que a Presidência enviou à Câmara Municipal sobre esta visita a São Nicolau.

    Para além da Câmara da Ribeira Brava não ter sido convidada para a cerimónia, é de salientar que o padre Mauro é mantém residência na Vila da Ribeira Brava.

     

    Gesualdo é outro caso

     

    No entanto, a mesma nota do MpD esclarece que a Câmara de S. Nicolau não chegou de propor idêntica homenagem ao padre Gesualdo, outro missionário que tem dedicado sua vida àquela ilha, por considerar que, contrariamente ao padre Mauro, ele já recebeu várias manifestações de reconhecimento público: afirma que o seu nome foi emprestado a uma rua, no Tarrafal, a um jardim infantil, naquela zona e a uma escola no Cachaço  

    A Comissão Concelhia do MpD/S. Nicolau diz que “deste Governo e deste Presidente tudo se pode esperar”, concluindo, afirmando que este comportamento figura o “resgate dos valores e a ética tambarina”.


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  • A Polícia Judiciária cabo-verdiana está neste momento a investigar a origem de uma mala descoberta pelos oficias de Alfândega da Praia contendo dentro dela perto de 120 mil euros (cerca de 13 mil contos cabo-verdianos) e que, alegadamente, pertencia a um indivíduo na casa dos 20 anos. Esta descoberta aconteceu há alguns dias atrás, numa operação de rotina dos oficiais de alfândega, no Aeroporto da Praia.

    Segundo pudemos apurar, ao passageiro foi solicitado que abrisse a mala, como acontece muitas vezes ao levantar a bagagem nos voos internacionais, e quando há suspeita que possa haver alguma mercadoria sujeita a despacho alfandegário. Só que desta vez, para espanto dos oficiais era uma mala cheia de dinheiro.

    Este assunto tem incomodado muita gente envolvida no processo de apreensão, até porque não se sabe ainda a origem da mala, sabe-se apenas que chegou de Portugal -, e que a terá transportado. Para algumas pessoas contactadas pela nossa redacção este é um caso de polícia e por isso recusam falar no assunto.

    Foi o que aconteceu por exemplo com o director da Alfândega da Praia, Joaquim Sena Silva a nos remeter para quaisquer informações à Polícia Judiciária.

    Por sua vez, o Director Central da PJ confirmou o “achado” recusando no entanto adiantar mais pormenores sobre o assunto que está a ser investigado pela Secção Central de Investigação e Tráfico de Estupefacientes.

    No campo das especulações, várias hipóteses já foram colocadas. E uma delas é a lavagem de dinheiro. Não se sabe de que proveniência.

    Outra hipótese é esse dinheiro ter chegado a Cabo Verde para financiar algum partido político, tendo em conta que as eleições legislativas de 22 de Janeiro estão à porta e, como é do conhecimento dos cabo-verdianos, existe um partido político cabo-verdiano que utiliza o método de compra de consciência para ganhar os votos na urna em Cabo Verde.

    Este assunto, já é do conhecimento de alguns dirigentes políticos que manifestaram a sua preocupação a este Semanário: há dias ouvi um dirigente tambarina dizer num bar, não sei se estava com uns copos ou não, mas este estava a dizer a uma senhora para não se preocupar porque vão ganhar as eleições. E a expressão que ele utilizou é que estão a nadar em dinheiro”.

    É preciso levar em conta também que uma das instituições do país que está neste momento numa operação de esperança sem precedentes retirando os Bilhetes de Identidade a alguns cidadãos em troca de dinheiro... que nunca mais chega. Algumas dessas pessoas já vieram inclusive denunciar o caso a este semanário. Um caso a seguir nas próximas edições com atenção e ...preocupação. Cabo Verde não pode ser um país de fraude eleitoral.


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  • A Direcção do Movimento para a Democracia esteve reunida esta madrugada para, entre outros pontos, aprovar a lista dos candidatos que vão concorrer aos círculos eleitorais nas próximas eleições legislativas, marcadas para 22 de Janeiro.

    De acordo com informações recolhidas pela nossa reportagem, uma das grandes surpresas que podem surgir no encontro é a proposta de introdução de Eurico Monteiro como segundo homem na lista e como independente. Victor Coutinho e Filomena Delgado preencheriam os dois lugares a seguir e Ulisses Correia e Silva deverá ser apresentados como quinto na lista. A outra grande surpresa deverá ser a inclusão de Felisberto Cardoso (PCD) como oitavo na lista, tendo a Direcção Nacional que decidir sobre dois lugares elegíveis: o candidato da Praia Rural que pelos nossos apontamentos deverá ser Manuel de Pina e da JpD, Elísio Freire. Mas a lista da Praia só vi ser discutida noite dentro ou mesmo a luz do dia.

    É Antes de ser analisada a lista dos círculos eleitorais para onde alguns membros da DN tinham ligações aéreas ainda de madrugada, foi apresentada a lista para emigração. Armando Monteiro continua a ser o cabeça de lista para África e resto do Mundo, enquanto que para Europa a escolha recaiu em Miguel Sousa, o coordenador do MpD em Portugal. Para integrar a lista da Europa, o MpD estava com dificuldades em escolher dois candidatos radicados em França, um em Marselha e outro em Paris, pelo dinamismo demonstrado por ambos junto da comunidade cabo-verdiana em França. Segundo Expresso das ilhas conseguiu apurar um desses candidatos, ou melhor, a candidata, é irmã do Secretário de Estado da Juventude, Américo Nascimento e proprietária de uma rádio em Marselha.

    Em relação à América, não houve dúvidas e escolher Madalena Santos Silva, membro da Comissão Política do MpD, agora radicada nos Estados Unidos da América.

    No arquipélago, em Ribeira Grande confirma-se o nome de Jorge Santos como cabeça de lista, seguido do Coordenador do MpD naquele concelho, Francisco Dias. De fora teriam ficado António Jorge Delgado e José Pedro Oliveira.

    Em relação a Porto Novo, quando se pensava que os ânimos iam exaltar-se, como foi aventado por alguma imprensa, Joel Barros aceitou ser o segundo homem na lista, atrás de Alcindo Rocha porque, segundo terá dito na DN, quer trabalhar para Porto Novo e para Cabo Verde. No Paúl, depois da escolha pacífica de Orlanda Ferreira, surgem os nomes do actual Conservador no Concelho, Aleixo Martins, Adriano Cardoso e Bartolomeu Cruz.

    A discussão dos nomes a incluir na lista para S. Vicente foi mais demorada em virtude da posição que um jovem da JpD deveria ocupar ou não na lista. Alguns elementos da JpD contactados pela nossa reportagem, defenderam que deve haver uma renovação do partido em S. Vicente. Dos cinco primeiro lugares elegíveis constam os nomes de Rui Figueiredo Soares, Humberto Cardoso, João Medina, António Pascoal Santos, José Lopes e discutia-se a inclusão de Armindo Gomes, tudo indica, advogado.

    Ainda segundo pudemos apurar, para S. Nicolau, par além do cabeça de lista Teófilo Figueiredo constam os nomes de Nélson Brito, João Almeida e Francisco Soares, para além de uma mulher cujo nome foi possível confirmar.

    Para a ilha do Maio, Joana Rosa, cabeça de lista, Alexandre Anes, António Agnes, Inocêncio Andrade e Francisco Fernandes. Em S. Miguel apontam-se os nomes de Filipe Furtado, seguido de Victor Varela (PCD), Adilson Zego, Hermínio Celso e Claudino Miranda. Na Boa Vista, para além de José Luís Santos, José Pedro Marques, Boaventura Silva e Cândida Barbosa. Nos Mosteiros, depois de Casimiro de Pina, Luís Rosa, Leão Jesus de Pina, Rogério Rodrigues e Manuel Vieira.

    Ao que pudemos também apurar, a escolha dos candidatos para Santa Catarina deve ser pacífica já que há o entendimento dos pesos pesados ventoínhas que Mário Silva deve ser o cabeça de lista. O mesmo não deverá se passar em relação a Santa Cruz.

    Devido ao adiantado da hora do fecho desta edição, não foi possível avançar mais nomes.

    Mas antes da discussão e aprovação da lista dos candidatos do MpD, a direcção Nacional do maior partido da oposição decidiu apoiar incondicionalmente uma possível candidatura de Carlos Veiga ao cargo de Presidente da República, caso este venha a decidir concorre a 12 de Fevereiro de 2006.


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  • O presidente da Câmara do Porto Novo, Amadeu Cruz está satisfeito com o empenho de todos os eleitos municipais, e faz saber que aquela urbe não ganhou nada com o estatuto de cidade

     

    Amadeu Cruz é peremptório:

     

    “Ser cidade não altera a vida das pessoas”

     

    O estatuto de cidade não trouxe, até este momento, nenhum benefício para Porto Novo. A constatação é do autarca local, Amadeu Cruz que já tinha observado que “ser cidade não altera a vida das pessoas”. A cidade do Porto Novo continua na mesma. Nada de novo aconteceu, constata.

    Segundo nos revelou, a sua autarquia apresentou ao Governo, através do ministério da Administração Interna, um conjunto de medidas que podiam ser implementadas em conjunto com o Governo, mas até este momento não se verificou nenhum posicionamento.

    A vida e a dinâmica na cidade do Porto Novo continuam a ser normal. Neste momento, garante o autarca, a edilidade está a implementar alguns projectos, visando dar um novo impulso à urbe. Em fase de elaboração está o plano director municipal, enquanto se vai trabalhando no plano urbanístico.

    A criação de zonas verdes, arruamentos, resolução do problema de água são outras apostas do executivo camarário, que continua à espera do Governo para avançar com outros projectos candentes para a novel cidade.

     

    Executivo com desempenho positivo

     

    A caminhar para o final do ano, a Câmara Municipal tem estado a recolher subsídios da sociedade civil para a elaboração do plano de actividades para o próximo ando, que deverá contar com um orçamento em torno dos 300 mil contos.

    De momento, Amadeu Cruz faz uma avaliação positiva do seu executivo, e manifestou satisfação pela forma como os vereadores, todos, têm engajado no cumprimento das suas funções. “Estamos sobrecarregados mas temos tido um desempenho acima da média”, constata Cruz que faz saber que o executivo tem trabalho com rigor e transparência e com a população a dar sinais de satisfação pelo trabalho da equipa: “temos tido reacção bastante animadoras, da população em relação ao desempenho da Câmara”.

    Já no próximo ano, o presidente da edilidade portonovence volta a readmitir a possibilidade de mexer no seu xadrez. A hipótese de chamar para o executivo vereadores do PAICV não está posta de parte, mas para que isso possa acontecer Amadeu Cruz avisa que é necessário “ultrapassar-mos a partidarização da administração pública”. 

    Entretanto, Cruz constata que a entrada de eleitos do PAICV, na vereação pode não acontecer, até porque, “alguns mensageiros” já foram dizer que aquele partido não quer pelouros, porque será uma “coligação” com o presidente e em caso de sucesso estarão a “potenciar o presidente”. Face a estes indícios Cruz constata que o PAICV coloca os interesses do partido acima dos do concelho.

    O autarca queria tanto contar com o concurso dos demais autarcas, e afirma mesmo que a nível do urbanismo, o vereador Vicente Reis, do PAICV é um técnico à altura de dar um valioso contributo para o município.      


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  • Onda de assaltos e kaço body tomam conta da capital

    Empresário português pede intervenção das autoridades

     

    Um empresário português, de 53 anos de idade, procurou esta terça-feira o nosso semanário para denunciar um roubo seguido de tentativa de assassinato de que foi vítima.

    Tudo aconteceu na tarde ontem. José Carneiro encontrava-se na sua empresa Carneiro & Sousa, em Lém Ferreira, eram por volta das 3 da tarde, quando de repente um individuo lhe sacou do bolso das calças uma carteira contendo entre 25 e 30 contos cabo-verdianos. Quando deu conta o mesmo individuo já estava um objecto cortante, “uma faca de mato”, pronto para desferir uns golpes nas costas do português.

    “Como eu sou uma pessoa corajosa, lutei com ele, levei-o ao chão. Foi aí que ele me aplicou um golpe na perna, onde mais tarde fui suturado com seis pontos no Hospital da Praia”, contou-nos. Mesmo assim, o indivíduo conseguiu escapar e correu em direcção à Praia Negra, sempre com o empresário no encalço. Algumas pessoas que circulavam na Marginal da Praia deram conta do que se estava a passar. Era mais uma vítima de kaço body que nos últimos dias tomou proporções assustadores na cidade da Praia.

    Encurralado pelos transeuntes e pela própria vítima o larápio acabou por ser capturado e entregue às autoridades policiais. Pois, é que a POP nem vê-la numa situação destas. O mesmo indivíduo já tinha roubado um colar a uma senhora meia hora antes, conforme nos contou uma das testemunhas que ajudou a capturar o kaçobodista.

    José Carneiro decidiu dirigir-se à nossa reacção e fazer um apelo às autoridades cabo-verdianas, ao Governo e ao Presidente da Câmara. A residir na Praia há mais de um ano, mostrando-se bastante indignado e preocupado com esta onda de insegurança, até porque acaba de receber no nosso país dois filhos que chegaram de Portugal, o empresário espera uma atitude séria e firme para pôr cobro a esta situação, caso contrário, diz que vai-se embora e levará a família consigo. É que impunidade também preocupa o empresário que diz sentir-se muito triste com tudo isso que se passou.


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