• MpD e PCD chumbam proposta do Governo e PAICV fica a choramingar

     

    Oposição atrapalha mais uma armação “eleitoralista” do PAICV

     

    O MpD e o PCD inviabilizaram a proposta do Governo, em dotar a cidade da Praia de um Estatuto Especial. A proposta apresentada ontem no Parlamento não recebeu os votos necessários: ou seja, houve 35 votos favoráveis do PAICV, 24 contra do MpD, e outro do PCD.

    A Oposição (MpD e PCD) considera que a proposta, do Governo chega muito tarde ao Parlamento, sabendo que desde 2002 ela está a ser “cozinhada”, por isso, mesmo não se entende o porquê da sua apresentação, a apenas dois meses das eleições, o que leva os parlamentares da Oposição a questionarem a seriedade desta proposta.

    O líder da bancada dos ventoinhas, André Afonso, considerou a proposta de eleitoralista, e que não vai mudar nada na capital. Já a bancada do PAICV, pela voz do seu líder, Rui Semedo lamentou o não da Oposição e quase choramingou: “no momento, em que podemos votar para mudar as coisas, há quem prefira votar contra”.

    A proposta foi apresentada aos deputados pelo Secretário de Estado da Descentralização, Ramiro Azevedo que lavou as mãos e disse: “o Governo já fez a sua parte”. Garantiu, entretanto, que o Executivo vai “repensar” a sua proposta, mas negou admitir que ela seja “irrealista”, neste momento, para a capital do País.

    O PAICV tem neste momento 40 deputados na Assembleia Nacional mas só estavam presentes 35, o que dificultaria naturalmente a aprovação da proposta por maioria de dois terços, facto que levou José Filomeno, da bancada o MpD, na sua declaração de voto, a questionar pela importância que o PAICV atribui a este estatuto.

    Depois do calor do debate, os ânimos baixaram-se e os deputados sintonizaram-se na votação, por unanimidade, da proposta de resolução do Livro Branco sobre o Ambiente, apresentada pela ministra Madalena Neves.


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  • Isaura Gomes visita Jean Piaget

    Pólo da Universidade no Mindelo arranca no próximo ano lectivo

     

    A presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Isaura Gomes, visitou esta terça-feira, 29, a Universidade Jean Piaget, na cidade da Praia, na perspectiva de continuar a atrair formação superior como forma de desenvolvimento.

    Existem já alguns pólos de ensino superior na ilha, mas a tendência é para o aumento das opções existentes, no sentido de dar vazão à constante demanda dos alunos que concluem o 12º ano de escolaridade, nas escolas secundárias do Mindelo, assim como garantir a cobertura da região norte do país, em matéria de ensino superior.

    A edil mindelense, que também acumula as funções de vereadora para a educação está apostada em estabelecer fortes parcerias a nível da educação e quer dotar a cidade do Mindelo de um forte sistema de ensino, transformando a ilha num pólo do saber. Segundo disse, visitas como a efectuada a Jean Piaget irão prosseguir noutros estabelecimentos de ensino superior, estando a Câmara Municipal sempre disponível para apoiar, até porque, conforme disse “precisamos dessa mais valência e de sabedoria”, defendendo a tese que é com o conhecimento que se consegue vencer os estrangulamentos que emperram o desenvolvimento do país.

     

    Jean Piaget no Mindelo

     

    No decurso da sua visita, à Universidade Jean Piaget, a edil sanvicentina recebeu a nova de que, no próximo ano lectivo, o pólo dessa universidade estará em funcionamento, no Mindelo, e foi também informada que a montagem da estrutura administrativa já está em curso.

    Durante a sua visita Isaura Gomes fez questão de realçar a necessidade de se dar um salto em matéria de investigação científica, e por isso, aposta na transformação da ilha, num pólo de investigação científica, reconhecendo que S. Vicente tem um historial de investigação, isto porque as primeiras experiências, no domínio do ensino superior, nasceram naquela ilha com a implantação do ISECMAR.

    A Reitora da Universidade Jean Piaget, Estela Lamas, afirmou durante aquela visita que a Universidade não tem sentido, se não manter uma ligação com a comunidade e essa ligação, defendeu, “faz-se através dos poderes autárquicos”, sublinhando, de seguida que é importante que essa parceria se reforce nas vertentes ensino, extensão e investigação.

    Entretanto, para o dia de hoje, quarta-feira está programada, e pela primeira vez, uma visita oficial à Jean Piaget, da Ministra da Educação, Filomena Martins, para encontros de trabalho com a direcção da Universidade, onde será abordado alguns projectos desenvolvidos pela UNIPIAGET.


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  • Acontece de tudo com este Governo

    “S. Domingos, centro de palhaçada e propaganda política do PAICV”

     

     

    “O Governo de Cabo Verde escolheu o Concelho de S. Domingos como centro de palhaçada e propaganda política do PAICV”, esta é a convicção de um eleito municipal que manifestou ao nosso semanário o seu repúdio pela forma como o Executivo de José Maria Neves tem realizado algumas actividades que no seu entender têm cunho político partidário e “servem para tentar enganar o povo daquela localidade. Com as eleições à porta, vale tudo para este Governo”, acusa.

    E a título de exemplo, o nosso interlocutor fala da cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção da segunda fase do Liceu de S. Domingos de que foi protagonista o Primeiro Ministro, isso em Setembro, quando as obras se iniciaram em Junho. Resultado: José Maria Neves que tanto defendeu ética e moral na política teve de engolir o sapo e lá foi colocar a primeira pedra no edifício com os pilares já bem visíveis e que vai albergar os serviços administrativos, laboratórios e placa desportiva do respectivo Liceu.

    O outro caso é recente. Na quarta-feira passada, 23, José Maria Neves e Basílio Mosso Ramos foram a S. Domingos inaugurar o Centro de Saúde e, para “cúmulo dos cúmulos”, a direcção geral de saúde resolveu “brindar” aos presentes com um aparelho de raio-x...avariado. “Para enganar o povo, porque pensam que o cabo-verdiano é parvo”, ressalva mais uma vez a nossa fonte, visivelmente irritado com esta campanha orquestrada pelo PAICV, para levar de vencida as próximas eleições de 22 de Janeiro.

    Ao que Expresso das ilhas conseguiu apurar, o aparelho de raio-x móvel está mesmo avariado há já algum tempo e é precisamente um dos equipamentos que se encontrava no Centro Cirúrgico do Hospital Agostinho Neto.

    “Como quiseram dar show à população, trouxeram para aqui o aparelho porque não vêm os meios para atingir os seus fins”, argumenta ainda.

    Recorde-se que, a 28 de Setembro, o nosso semanário deu à estampa uma notícia segundo a qual o PAICV estaria a oferecer verguinhas a troco de voto, na Calheta de S. Miguel. Nem o acusado Osvaldino Ferreira nem o próprio PAICV até hoje desmentiram os acusadores, o que dá a entender que o partido tambarina está mesmo empenhado nessa prática, uma prática que deu os seus frutos nas autárquicas, na Praia, quando muita gente resolveu dar o seu voto em troco de t-shirts, porta-chaves, baralho de cartas, e ...tangas, para não dizer outra coisa.  


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  • No dia em que se aplica pela milésima vez, a pena de morte, no mundo, Cabo Verde associa a sua voz a mais de 300 cidades e pede também para abolir essa pena. Afinal, ninguém pode decidir matar

     

    Jornadas internacionais contra a pena de morte

     

    Não à pena de morte

     

    Celebra-se esta quarta-feira, 30, as jornadas internacionais contra a pena de morte, este ano sob o lema “cidades pela vida, cidades contra a pena de morte”: promovido pela comunidade de Santo Egídio, este acontecimento é também realizado, no nosso país, por iniciativa do Núcleo local da Comunidade de Santo Egídio: as actividades realizam-se por volta das <time w:st="on" hour="18">18 horas,</time> no largo Diogo Gomes, no Plateau.

    A realização deste evento, explicou Bernardino Gonçalves, mentor do projecto

    em Cabo Verde</personname>, é precisamente solidarizar-se com todos quantos lutam pela abolição da pena de morte, no mundo, e alertar as pessoas para a necessidade de dizer não à pena de morte, mas sim à vida, esta dádiva de Deus, valor intangível e santo.

    É a segunda vez que estas jornadas são realizadas no nosso país. Este ano, ganha uma maior dimensão, uma vez que algumas instituições ligadas às questões dos direitos humanos associam-se às actividades.

    Cabo Verde é um país pequeno, mas pode exercer influência nesta questão. Neste sentido vai se recolher assinaturas dos presentes, assinaturas que serão enviadas à casa mãe, em Itália, que, depois vai encarregar-se de as fazer chegar aos países e Estados onde, ainda hoje, se aplica a pena de morte. Nesta corrente, a comunidade local quer trazer à memória quantos já foram executados, como Dominique Green, executado em Dezembro de 2004: Hoje, deverá ser aplicada a milésima execução da história da pena de morte, e será no Estado de Virgínia, nos EUA. Nos primeiros dias de Dezembro, sem data confirmada, será executada Stanley William, candidato ao prémio Nobel da Paz, e no próximo dia 7, no Texas, será executado o afro-americano Tony Ford.

     “A justiça do homem é parcial”, referiu-se Bernardino, numa clara alusão à pena de morte e afirma mesmo que esta pena é extrema, e provoca uma dor psicológica, quer à vítima, quer aos familiares. É precisamente esta dor “inquantificável” que a comunidade local de Santo Egídio quer ajudar a minimizar. É uma corrente pela vida, a partir da Praia, em prol da abolição da pena de morte, no mundo.

    No mundo inteiro, já foram recolhidos cerca de cinco milhões e meio de assinaturas, em prol da abolição da pena de morte.

    Hoje, e mais do que nunca, é preciso unir-se contra a pena de morte, por isso mesmo, a Comunidade de Santo Egídio faz um veemente apelo à união nesta, quarta-feira.

     

    Um movimento laico

     

    Fundada em Roma, por volta de 1968, pelo jovem Andrea Riccardi, a Comunidade de Santo Egídio é um movimento público de laicos da Igreja, integrado por cerca de 50 mil membros que se empenham na evangelização, em mais de sete dezenas de países, em todos os continentes e foi reconhecida logo após o Concilio do Vaticano II.

    A oração, a comunicação do Evangelho, a solidariedade para com os pobres, o ecumenismo e o diálogo são pontes fortes desta comunidade que confia a sua protecção a Santo Egídio. O promotor desta iniciativa começou, inicialmente, por reunir um grupo de colegas do liceu, para, juntos, meditarem o Evangelho. Mas a acção não ficou apenas na oração e meditação. O grupo começou a percorrer os arredores de Roma, visitando bairros de latas, manifestando seu apoio a crianças e adolescentes. Hoje, em todas as suas comunidades, a acção social é uma forte realidade.


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  • O novo presidente do PRD quer, pelo menos, um assento no próximo parlamento e deixa claro que, quem quiser relacionar com o seu partido terá que respeitar as suas posições e opções

     

    Victor Fidalgo quer um PRD autónomo e independente

     

    Eleger pelo menos um deputado para a Assembleia Nacional, foi um dos primeiros desejo manifestado pelo novo presidente do PRD, Vítor Fidalgo, na sua primeira declaração à imprensa, momentos após ter sido confirmado como presidente daquela formação política.

    Para conseguir tal proeza Fidalgo já fez saber que os rosas vão concentrar-se, durante as campanhas, nos círculos onde há maiores probabilidades de eleger deputados: neste sentido a aposta vai para os círculos onde existem mais do que dois mandatos disponíveis, até porque, nas regiões de dois é quase certo que o PAICV e o MpD deverão repartir os assentos. “Nosso esforço será aqui na Praia”, revelou Fidalgo, deixando entender que matematicamente falando, aqui há “maiores” hipóteses de se conseguir pelo menos um mandato.

    Quanto às campanhas, o presidente eleito assegura que ela será de um contacto directo com o eleitorado, sem ambição de poder, mas consciente de que o PRD poderá influenciar a governação, por isso mesmo os renovadores vão analisar que contributo podem dar ao país. O novo rosto do PRD não fala, pelo menos por ora, em coligações, até porque segundo o próprio, de momento “não há contacto” neste sentido, mas admite que ela possa acontecer, desde que os eventuais proponentes revejam no PRD um partido autónomo, independente, que tem a sua estratégia e que não tem filiação em nenhum outro partido.

    Assim, Fidalgo deixa claro que o partido, durante a sua presidência não irá fazer frete nem a este nem, a aquele outro partido, e deixou explicito que quem quiser qualquer tipo de colaboração, ou “simples troca” de pontos de vista em que assunto for, com o PRD tem que respeitar “o nosso ponto de vista”, avisou.

    Presidente em exercício da Agência Cabo-verdiana de Investimentos, Vítor Fidalgo deixa claro que não há incompatibilidades no exercício das novas funções, e disse que abraça este novo desafio em nome dum exercício da cidadania: “candidatei-me normalmente”, disse.


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