• Comunicação social     Promiscuidade na RTC

    Empresa TEXTIMEDIA trabalha para PAICV e TCV

     

    A TEXTIMEDIA, empresa portuguesa que está a fazer a cobertura da campanha do PAICV está ligada a RTC, numa situação considerada situação “pouco clara”. De acordo com o jornal electrónico “Liberal”, o presidente da Rádio Televisão Cabo-verdiana, Marcos Oliveira confirmou que a RTC tem um contrato de co-produção com a empresa portuguesa TEXTIMEDIA, mas não confirmou nem desmentiu que esta fosse a mesma que está a fazer a campanha para o PAICV.

    Ainda segundo a mesma noticia, vários jornalistas contactaram o “Liberal”, para confirmar que a TEXTIMEDIA está a trabalhar para a campanha do PAICV, questionando que se “o presidente da RTC e o Governo acham normal e legal que essa mesma empresa requisite trabalhadores da RTC para trabalhar em programas da Televisão e ao mesmo tempo na campanha do PAICV”.

    Ainda de acordo com o “Liberal”, outro testemunho, também de um jornalista da RTC: “a TEXTIMEDIA é a empresa que faz os tempos de antena do PAICV. Não há dúvidas. Só o presidente da RTC finge não saber. É a mesma equipa, composta por um senhor baixinho que é o homem que tem estado no Palácio do Governo e tem trabalhado durante todo este tempo com José Maria Neves. Um senhor baixinho, de óculos, que anda num carro tipo Mitsubishi”. E dá a conhecer mais factos: “quando estavam a fazer essa tal co-produção, tentaram indigitar duas jornalistas para fazer parte da tal equipa, a Anabela e a Matilde Dias. As duas foram para uma reunião e quando se inteiraram dos propósitos do programa, ambas recusaram”.


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  • Vinda é emigrante em França e fala da nossa comunidade naquele país. Falta informação sobre a vida política e é muita burocracia junto dos serviços consulares, aliada aos atrasos e publicidade “enganosa”, da TACV que se juntam à confusão no aeroporto do Sal, para não dizer dos voos que são cancelados sem aviso prévio

    Falta informações nas embaixadas

    Os obstáculos de quem vive na emigração

    Benvinda Vaz é uma cidadã, natural da Calheta de S. Miguel, residente

    em França. De</personname /> passagem por Cabo Verde onde veio matar as saudades da terra mãe, aquela emigrante aproveitou a oportunidade para estabelecer contacto com alguns órgãos de comunicação social, para dar-nos conta da situação dos cabo-verdianos, radicados naquele país do velho continente.

    Vinda, como é mais conhecida, começou por contar-nos que muitos dos cabo-verdianos, residentes naquele país, não têm sequer, informações da terra mãe, particularmente da situação política. Segundo nos revelou, há quem afirma que o “Estado de Cabo Verde não pensa em nós”, por isso, adianta, “não estamos minimamente” informados da situação da terra natal.

    Esta nossa informadora garante que existe um grupo de pessoas, nomeadamente, nesta época eleitoral, que tem percorrido vários pontos de França para passarem as suas informações, em tempo de campanha, numa clara caça ao voto, mas existem muitos compatriotas que dizem que não vão votar porque o “Estado de Cabo Verde nos trata mal”.

    Este mau tratamento, explica, acontece em vários momentos. Começa pela TACV, passa pelas alfândegas, prossegue nos aeroportos, com os consecutivos atrasos nos voos: são factos que terão influência na adesão às urnas: pelos menos cerca de “90 por centos dos cabo-verdianos” não irá às urnas, adverte.

    “Neste momento, pedem para votarmos neles, porque precisam de nós”, adianta Vinda que não se conforma com o facto de, quando chegarem ao país, “passarmos pela burocracia” do sistema.

    “Trazemos algo para os nossos pais, ou para investirmos no nosso país, temos problemas com alfândega”, denúncia, considerando que os emigrantes são tratados pelas autoridades nacionais como se fossem vacas. “Trazemos algo adquirido por mil euros, o Estado nos cobra mil e duzentos para o tirar da alfândega”, revela esta emigrante que há 21 anos procurou a vida noutras latitudes.

    Esta cidadã, também insurge-se contra aqueles que querem que os emigrantes votem com documentos estrangeiros, porque, diz ela, “não somos franceses”. Junto das entidades diplomáticas existe alguma burocracia em termos de distribuição de documentos. As informações são vedadas a algumas pessoas, diz a nossa fonte que, no entanto, garante que ela e um grupo de pessoas aguardam as informações para saber como se proceder, no próximo dia 22, para cumprirem o seu direito cívico. “Não há informação”, acusa, dizendo que junto da nossa embaixada, naquela cidade francesa, não há quem se preze em dar informações precisas sobre, como, por exemplo, investir

    em Cabo Verde.</personname /> “Precisamos de informações para sabermos como investir no nosso país, como se proceder quando regressamos definitivo”, pede Vinda.

    Relativamente à TACV, esta emigrante assegura que as informações não existem, e quando existem, não prestam. “Telefonamos, ninguém atende: quando atendem, esperámos cerca de 20 minutos”, diz esta crioula-francesa que acusa a TACV de falhar com o seu compromisso. Por exemplo, diz, “fazemos uma reserva e, quando vamos levantar o bilhete, a reserva está cancelada”. Quando se consegue, chega-se ao Sal e enfrentam-se inúmeras dificuldades para depois fazerem a ligação para as suas ilhas.

    Quanto ao custo das passagens, Vinda diz que é insuportável, chegando a ponto de termos emigrantes que vencem cerca de 50 contos, e pagam muito mais para uma passagem. Também esta emigrante insurge-se contra as publicidades da TACV que ela considera “enganosa”. É que aquela companhia publicita um serviço, e, quando se chega à agência, o preço da publicidade não existe, “enganaram-nos”, assevera.

     

     

     

     


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  • Em 2006, Bento XVI vai efectuar quatro viagens pastorais e lança neste mês, a sua primeira encíclica

     

    Bento XVI vai à terra de João Paulo II

     

    O ano de 2006 vai marcar o pontificado de Bento XVI. Alguns acontecimentos já foram dados a conhecer. Ainda neste mês de Janeiro, o Papa vai publicar a sua primeira encíclica, intitulada “Deus é Amor”. Esta primeira obra do Sumo Pontífice foi assinada em pleno dia de Natal, revelou a Santa Sé.

    Escrita durante as férias de verão, no Valle de Aosta, o Papa escreveu esta primeira encíclica na sua língua materna: em alemão.

    Também neste ano, Bento XVI vai efectuar quatro viagens pastorais. Em Maio, efectua a sua primeira viagem, à Polónia, terra natal de Karol Wojtyla. Uma viagem que é considerada por alguns atentos da Igreja como uma justa homenagem ao saudoso Papa, devendo visitar Wadowice, onde nasceu João Paulo II.

    Em Julho, por ocasião do V Congresso Internacional das Famílias, Bento XVI aproveita para visitar a Espanha. Depois, em Setembro, desloca-se à Alemanha, sua terra natal, depois de lá ter estado, no ano passado, durante as Jornadas Mundiais da Juventude. O périplo termina na Turquia, quando o Bispo de Roma visitar o Patriarcado Ecuménico de Constantinopla.

    Entretanto, durante a sua viagem à Polónia, Bento XVI deverá presidir ao arranque das obras de construção dum complexo sócio-cultural, que vai ser chamado de Centro João Paulo II.

    Esta obra será erguida num terreno onde funcionava um complexo fabril, e onde Karol Wojtyla trabalhou antes de seguir a vida religiosa. Espera-se que, quando concluído, o centro seja um espaço de diálogo inter-religioso, aberto a todas as pessoas, independentemente das suas “convicções religiosas”.

    O arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, ex-secretário pessoal de João Paulo II, é um dos “inspiradores” deste projecto, tendo assegurado que aquele centro irá servir às novas gerações para garantir o “aprofundamento do pensamento” de Karol Wojtyla e da sua “herança espiritual”.

    O centro vai albergar um hospício, um hospital, um centro de apoio às famílias e às mães solteiras, sala de exposições, um museu consagrado ao pontificado de João Paulo II, sala de concertos, biblioteca, um pavilhão desportivo, sala de conferências, uma escola e um colégio de regime interno.


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  • Motim na Cadeia de S. Martinho    III Episódio

     

    Não há segredo que nos ultrapassa. Não obstante as medidas de segurança, na Cadeia de S. Martinho, conseguimos abordar um preso que nos conta a tragédia do dia do Natal, que poderia ser evitada, caso Carlos Graça considerasse os pedidos dos guardas

     

    Preso conta versão da história

     

    Mesmo com toda a segurança que a Cadeia de S. Martinho é alvo, principalmente nestes dias, depois do motim, foi-nos possível chegar à conversa com um preso, cuja identidade reservamos, evitando que ele sofra mais perseguições. Uma entrevista possível apenas à Rádio Nova e Expresso das Ilhas.

    Os factos são contados na primeira pessoa, e devido à sua importância, transcrevemos parte da conversa com o prisioneiro, que, no dia da rebelião, encontrava-se no segredo, a “curtir” o cheiro nauseabundo das fossas.

    A nossa fonte começa por explicar-nos que, no dia do Natal alguns guardas prisionais, apercebendo-se da confusão solicitaram ao director da Cadeia, Carlos Graça, que reconsiderasse a sua decisão. Este não deu ouvidos aos seus subordinados e o pior aconteceu.

    “Ele (Carlos Graça) fechou a porta dos presos condenados e zangados, estes arrombaram uma das portas do pátio de visita e invadiram. Chegaram dois guardas: um é Zé Capoeira o outro é Avelino. Um veio com o seu macarov a disparar e o outro com AKM, chegou junto dos visitantes e disparou várias vezes, tendo uma bala acertado um jovem, outra atingiu um preso no pé, tendo perdido a perna esquerda.

    No dia do Natal éramos muitos na cela segredo. O cheiro da fossa nos matava. Lá mesmo fazemos as nossas refeições, e num buraco, fazemos as nossas necessidades fisiológicas e falta água para deitar no buraco. Lá dentro não tem água. Existe uma lâmpada, na rua, e não chega para nos alumiar aqui na cela. Aqui na cela segredo está carregado e sem espaço para meter mais gente. Tem aqui muitos dos meus colegas que estão algemados e não fizeram nada. Por tudo e por nada somos algemados.

    Muitos presos estão deitados na cama, e não podem sequer levantar-se. Levaram pancada na cabeça: levaram coronhadas e pauladas sem fazer nada. Muitos condenados estão doentes e nem podem levantar-se. Tem aqui um que perdeu pé, outro tem bala próximo do joelho, outro, o Diamantino, tem ferimentos no pé, nem esteve seis dias internado, já o trouxeram de volta: ele não consegue andar e nem sequer deram-lhe uma muleta para se locomover.

    Zifa não fez nada. Bateram-no e quase o mataram. Neste momento ele está no segredo, está muito doente e não pode falar com ninguém e nem tem direito a visita. Naquele dia estávamos no segredo e ouvimos tiros. Ouvimos fortes rajadas, tendo atingido um guarda mas ele já está bem. Logo, alguns presos gritaram. Já mataram, mataram três! De seguida pedimos para tirar-nos da cela e, quando saímos, havia muito sangue no chão. Quando a televisão chegou, tinham acabado de limpar o chão. A polícia de choque bateu

    em todos. Deitaram</personname> gás e foi aquela tortura. Deitavam-nos água, batiam e já nem podíamos gritar. Depois pisaram-nos e continuam a nos bater”, conta a nossa fonte, sempre em maior sigilo.

    Entretanto, esta história vem confirmar relatos que já tínhamos avançados, sobre o número de feridos e o estado de saúde de muitos dos enclausurados. Todavia, este relato é apenas uma versão das muitas que gostaríamos de poder ouvir para poder informar.

    De nada adianta a “fita” das autoridades em dizer que tudo está bem, porque, na verdade, não está.

     

    Roubos/visitas

     

    Na edição anterior dávamos conta que alguns objectos pessoais dos presos foram tomados e destruídos. Acabamos de poder confirmar esse dado. Esta nossa fonte acrescenta que alguns aparelhos, como DVD, TV, rádios e aparelhagens foram quebrados durante o motim do dia <metricconverter w:st="on" productid="25. A">25. A</metricconverter> alguns presos foram-lhes retirados os seus relógios de pulso, fios e outros pertences.

    Afinal, as visitas não estão a acontecer. Pelos menos existem presos que estão em segredo, “sem contacto, sequer, com a luz do sol”, revela. Confirma-se que as correntes eléctricas foram cortadas das tomadas, para isolar os presos e impedí-los de sintonizar o que de notícia se passa do lado de fora, na sociedade.

    No dia do Natal, os presos tiveram direito apenas ao pequeno-almoço. A rebelião não permitiu que lhes fossem servido o almoço e o jantar. Na segunda-feira, 26, logo pela manhã, o dia começou ensombrado, pelos acontecimentos do domingo.

    A alguns presos que tinham direito à refeição de suas casas, foi-lhes cortado esta benesse. Banho, é só de três em três dias. Está também proibida a entrada de vestuários para alguns presos e a Polícia de Intervenção continua a vigiar a Cadeia.


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  • JMN no Fogo

    Promessas de liceus, centro de formação e anel rodoviário

    JMN prosseguiu segunda e terça feiras, contactos com o eleitorado das ilhas do Fogo e Brava. Na ilha do Vulcão o líder do PAICV contactou as bases do seu partido e realizou dois grandes comícios, em Mosteiros e S. Filipe, tendo aproveitado para falar dos ganhos da sua governação. Criticou a anterior governação do MpD, que segundo disse, abandonou a ilha do Fogo durante os dez anos que esteve no poder.

    O forte de Neves naquela ilha foi quando voltou a fazer promessas: no sector da educação, prometeu mais três liceus: Ponta Verde, Mosteiros e Cova Figueira são as zonas a serem contempladas, nesta promessa, enquanto a cidade de S. Filipe vai ter, disse, um grande centro de formação profissional, orçado em cerca de 100 mil contos, já garantidos pela cooperação portuguesa.

    O início das obras no anel do Fogo, ainda nos primeiros quatro meses deste ano, foi outra promessa do presidente do PAICV. O anel será uma estrada de 100km, totalmente asfaltada, irá ligar S. Filipe, Cova Figueira, Vila de Igreja, Atalaia, Campanas, São Jorge e Ponta Verde, e custará 22 milhões de dólares, com financiamento do BADEIA, Banco Árabe de Desenvolvimento Económico de África.

     


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